quarta-feira, 16 de abril de 2008

A GOTA D’ÁGUA

É a chuva miúda que dá a vida.
É a torrente que destrói e mata.
Basta uma só para saciar a sede.
Poucas centenas para afogar esperanças.
Sozinha tem o sabor da presença.
Acompanhada vale mais que a riqueza.
Tem a maciez da bondade, e a dureza da persistência.
Acomoda-se no côncavo das mãos e se rebela contra muros e pedras.
Uma a uma destila a ciência.
Em vagalhões transborda oceanos.
Ela se perde nas corredeiras dos rios.
É procurada na imensidão do deserto.
Diminuta no mar das ilusões.
Grande demais na alegria da vida.
Infinitamente pequena na batalha e nas guerras.
Rolou grandiosamente nas faces de Maria!



Walter rossi

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